Sabe quando bate um vazio? Está tudo bem, não aconteceu nada, mas ainda assim, aquele buraco no peito fica coçando, te chamando, te lembrando o tempo todo de que ele ainda está ali (como se fosse possível esquecer!).
Às vezes, é comum ficar mais pensativo, se fechar um pouco e olhar para dentro, se concentrar no que há lá e, também, no que não há. E não há por que? Foi tirado de você? Você se cansou e achou melhor pôr pra fora? Ou será que nunca esteve presente? E então surge esta sensação, que vem acompanhada de uma incógnita. E quebramos a cabeça em busca de uma resposta, na esperança de que ela possa preencher o tal vazio.
Eu acho que o ele é necessário, pois nos faz olhar para a vida e nos convida a refletir sobre os rumos que tomamos, os caminhos e velocidades que escolhemos. A partir dele é possível pensar e rever alguns conceitos e, quando isto acontece, temos a oportunidade de ressignificar algumas coisas. Assim vamos constantemente nos moldando e dando forma à nossa própria história, que é única, que é nossa.
O vazio? Ele fica lá, para nos lembrar de fazer este movimento e, também, porque a história ainda não está acabada, ela é construída todos os dias, até que um fim inevitável se coloque sobre cada um de nós.