Publicado em Crônicas, Textos

Escrever, eu?

Hoje um amigo me perguntou se eu gostaria de escrever um livro. Gostaria? Sim, claro que sim. Imagina que legal colocar minhas ideias no papel, transmiti-las para outras pessoas.  Mas não sei se alguém se interessaria pelo que eu tenho a dizer, se é que tenho algo a dizer. E não deve ser nada fácil se expor dessa forma… Acredito que quando escrevemos colocamos um pouco de nós mesmos na história, imagina se alguém percebe! O que minha mãe vai pensar? Será que vou ofender alguém da minha família? Vou irritar um amigo? Ou talvez revelar aquele segredo sem querer? É melhor nem escrever. E também, quem leria? Afinal, o tipo de história que dá certo hoje é outro, as “sagas” é que estão na moda, vendem e viram filme rapidinho.

Só que essa história de escrever um livro ficou na minha cabeça o dia todo. Eu percebi que estava tão preocupada com a opinião dos outros que deixei de ver a minha própria. Eu realmente quero escrever? Sobre qual tema? De tanto me prender, não me permiti pensar, não desenvolvi a história. Me limitei por medo de não conseguir produzir uma grande obra. Mas como posso saber se uma obra será grande antes mesmo de escrevê-la? E mais, será que é melhor produzir algo grande e incomparável ou então ter a flexibilidade de escolher diferentes temas para tratar e poder caminhar entre eles?

E aí eu entendi como perdi tempo me limitando sob uma máscara de julgamento externo, temendo a opinião e desejando a aprovação alheia, quando o mais doloroso seria não gostar de minhas próprias ideias. Decidi tentar, fazer as pazes comigo e estabelecer um diálogo. Agora todas as ideias têm uma chance de serem ouvidas. Se serão aproveitadas ou não é outra história.

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