Publicado em Artigos, Textos

Hábitos, rotinas e rituais

Tudo o que fazemos ao longo do dia está relacionado com nossos hábitos. Cada comportamento, executado de maneira consciente ou não, pode fazer parte de uma rotina ou ritual. 

Você já parou para pensar, por exemplo, na sequência de atividades que faz todas as manhãs? Por aqui, acordo, escovo os dentes, arrumo a cama e sigo para a cozinha preparar meu café da manhã; cuido da  minha cachorrinha e depois me sento para comer e me atualizar com as notícias. 

Por mais que sejamos espontâneos e que cada dia seja diferente, ter uma rotina é uma parte indispensável de nossas vidas. 

Hoje, vamos conversar sobre a diferença entre hábitos, rotinas e rituais e entender como eles se relacionam no dia a dia. E então, vamos nessa? 

Hábitos

Um hábito nada mais é do que determinado comportamento que passa a ser repetido de maneira automática e com certa frequência. 

Charles Duhigg, autor do livro “O poder do hábito”, diz que hábitos são as escolhas que fazemos deliberadamente em algum momento e, nas quais paramos de refletir depois, apenas continuando a fazer.

Isso acontece porque o cérebro humano está o tempo todo procurando maneiras de economizar energia e esforço. Então, com o tempo, essas decisões que foram tomadas em certo momento se tornam comportamentos tão automáticos que, às vezes, nem reparamos no que estamos fazendo – ou seja, eles passam a acontecer em nível inconsciente, sem que reflitamos sobre eles. 

Como o cérebro funciona por associação, uma vez que aprendemos um comportamento e passamos a executá-lo, paramos de refletir sobre ele – é assim que nascem os hábitos. 

Não podemos simplesmente “perder” um hábito, deixando-o para trás, mas podemos modificar essas associações que nosso cérebro executa a fim de modificar um hábito ou criar um novo. 

Para modificar um hábito, precisamos identificar a deixa, que é o que acontece antes do comportamento; depois o comportamento ou atividade que representa o hábito em si e, por fim, identificar qual a recompensa gerada por ele. 

Se quiser saber mais, recomendo a leitura deste artigo, onde eu dou 4 dicas para criar ou mudar um hábito. 

Rotinas

Tanto hábitos quanto rotinas são caracterizados por comportamentos regulares e frequentes. Porém, a diferença entre eles é que o hábito se torna tão automático que acontece sem a necessidade de reflexão ou pensamento consciente. Enquanto que uma rotina demanda um nível maior de atenção  e esforço. 

As rotinas exigem prática e intenção. Todos os dias, nós realizamos um conjunto de comportamentos de forma regular, como fazer uma atividade física pela manhã ou preparar o almoço, por exemplo. 

É claro que algumas rotinas podem se transformar em hábitos com o tempo e a repetição dos comportamentos. 

Isso acontece quando um comportamento está tão enraizado em sua rotina que você simplesmente entra no “piloto automático” enquanto o realiza. Um bom exemplo pra mim é arrumar a cama de manhã – faço tão rápido e de forma mecânica que não reflito sobre a ação e, quando vejo, já estou até saindo do quarto. 

A rotina é uma sequência que você faz sempre da mesma forma, e é algo que você ainda precisa se lembrar de fazer. Mesmo que seja feita com muita regularidade, é preciso querer fazê-la. 

Rituais

Um ritual é muito parecido com uma rotina, no sentido de que é algo que você faz de forma regular e repetida. A diferença, porém, está na intenção. 

Transformar um comportamento em ritual é uma forma de tornar seus hábitos e atividades mais prazerosos e com isso incluí-los na rotina de forma mais harmônica.

Assim, os rituais nos ajudam a tornar alguns momentos mais especiais, eles mantêm nossa atenção no momento presente e nos ajudam a nos conectar com nosso propósito e objetivos. 

Um exemplo de ritual em minha rotina é criar um momento de autocuidado no final de semana. Tomar um banho mais longo, hidratando os cabelos e fazendo uma rotina de skincare em seguida, realizando cada passo com cuidado e atenção. 

Aplicar a atenção plena em rotinas diárias é uma ótima maneira de criar rituais para si mesmo. 

O momento da refeição pode ser realizado com essa intenção, por exemplo: se alimentando de forma consciente, você sente melhor o sabor da comida e aprende a entender os sinais de saciedade do seu corpo. 

Como tudo isso se encaixa no dia a dia

Apesar das diferenças conceituais, fica claro que hábitos, rotinas e rituais são essenciais para a vida cotidiana. 

Para algumas coisas, realmente não precisamos de foco e concentração, então ainda bem que transformamos pequenos comportamentos em hábitos

Já as rotinas são indispensáveis para otimizar o tempo e as tarefas, deixando a vida mais fluída. 

E os rituais são uma forma gostosa de retomar a consciência e atenção em nossos comportamentos, carregando-os com intenção e propósito. 

Não existe um conjunto certo ou errado de hábitos a seguir. O importante é identificar quais rotinas fazem sentido para você, pois elas nos ajudam a gerenciar nosso tempo e atividades. Já os comportamentos que podem se transformar em rituais, nos motivam a alcançar nossos objetivos. 

É claro que todos esses comportamentos podem mudar com o tempo, afinal, a vida muda e nós mudamos junto com ela! 

Espero que você tenha gostado deste artigo e que ele te ajude a prestar mais atenção em seus hábitos e rotinas. Experimente criar pequenos rituais e aprecie seu dia a dia de forma consciente e presente 

Publicado originalmente em: Medium.

Publicado em Artigos, Textos

Leitura e empatia

Você que me acompanha por aqui sabe que sou apaixonada por literatura e vivo defendendo os livros e o hábito da leitura, não é mesmo?

Isso porque não importa o estilo de livros que você goste de ler, pode estar certo de que reservar um tempinho para a leitura em sua rotina só trará benefícios. Separei alguns deles aqui:

  • Enriquece o vocabulário;
  • Ajuda a desenvolver a habilidade de comunicação, pois quanto mais você ler, mais facilidade tem para escrever e se expressar;
  • Oferece visões de mundo e pontos de vista diferentes, funcionando como uma excelente expansão de consciência;
  • Ensina coisas novas;
  • Desperta a curiosidade e dá vontade de ler ainda mais;
  • Estimula a capacidade imaginativa e é um alimento para a criatividade;
  • Aumenta o repertório cultural;
  • Auxilia na capacidade de entender e interpretar fatos e dados;
  • Apresenta novas possibilidades e realidades;
  • Oferece a chance de conhecer outros mundos sem precisar sair do lugar.

O poder da literatura

A literatura é a arte das palavras, que pode ou não ser baseada em fatos reais. Por meio dela, os autores criam narrativas que imitam a realidade e, mais do que isso, vão além. Existem autores com uma incrível capacidade imaginativa que nos presenteiam com universos inteiros saídos de suas mentes. 

Ao ler uma história, nós mergulhamos de cabeça no mundo dos personagens. A depender do tipo de narração, podemos saber tudo o que acontece à volta dos protagonistas, ou então conhecer até mesmo seus pensamentos mais íntimos.

Acompanhar as experiências destes personagens nos permite experimentar novas possibilidades e conhecer uma realidade diferente da nossa.

O que eu quero dizer é que as histórias têm a capacidade de nos emocionar e nos ensinar. Criamos vínculos com aqueles personagens que nos identificamos, vibramos por suas conquistas e podemos até sentir reações de raiva perante seus antagonistas.

Essas emoções nos revelam como a literatura tem a capacidade de mexer com as nossas emoções e que, dessa forma, podemos aprender com ela. Lendo um livro, você pode repensar uma situação passada e tem a chance de ressignificar um acontecimento de sua própria história.

O olhar distanciado para uma história que não é a sua, apesar de semelhante, pode te ajudar a ter uma nova perspectivas sobre suas vivências. E é aí que a mágica acontece!

Leitura e Empatia

Quando lemos uma obra de ficção, nos tornamos aptos a compreender as pessoas e suas intenções. É isso mesmo: nós conseguimos aprender com os personagens ao explorar como os acontecimentos de suas vidas se desdobram.

Estudos comprovam que ler ficção pode aumentar nossa capacidade de sentir empatia por outras pessoas. O que acontece é que o leitor tem a oportunidade de formar ideias sobre as emoções, motivações e pensamentos dos outros personagens. E, a partir daí, transferir esse conhecimento e sensibilidade para sua vida real.

O psicólogo e romancista Keith Oatley, explica que quem lê ficção pode ampliar sua experiência social, e isso ajuda a entender as relações à sua volta.

A oportunidade de criar empatia com a história pessoal de alguém e conhecer sua vida íntima — mesmo que seja de um personagem fictício — melhora nossa compreensão sobre o mundo. Isso quer dizer que nós podemos conhecer mais sobre as nossas emoções e relações ao explorar a vida afetiva dos personagens que encontramos nos livros.

A empatia também aumenta do fato de conseguirmos compreender melhor que é normal que as pessoas tenham opiniões e visões de mundo diferentes da nossa.

Então, se você já se sentiu emocionado ou emocionada ao ler um livro, comemorou a vitória de um personagem como se fosse sua ou já teve vontade de se mudar para o mundo que encontrou dentro de um livro, fique sabendo que isso acontece porque os livros têm um forte impacto emocional sobre nós.

Quando embarcamos em uma leitura, tendemos a tratar as experiências ali narradas como se elas fossem reais. Enquanto você lê e absorve as palavras daquela história, ela realmente existe e se passa em sua mente.

Para exercitar sua capacidade empática por meio da literatura, você precisa de duas coisas:

  1. Frequência: não se constrói inteligência emocional de um dia para o outro. Transformar a leitura em um hábito é o que te ajudará a treinar sua percepção e ficar mais atento às emoções — suas, dos personagens e das pessoas à sua volta;
  2. Interesse: é claro que, para que essa imersão aconteça, você precisa realmente gostar da história e se sentir conectado a ela. Infelizmente não é qualquer livro que tem o poder de nos transportar para outros mundos. Por isso, é importante encontrar o seu tipo de leitura — e aqui não tem julgamento sobre o que é melhor ou pior, certo ou errado — literatura boa é aquela que você gosta e que te envolve tanto que até te faz perder a noção do tempo!

Cada livro é uma nova chance de conhecer um universo completamente novo e de enxergar a vida através de outro olhar.

Quando uma história nos toca e nos conectamos com ela, aproveitamos essa visão privilegiada e algo dentro de nós muda. É possível sentir seu impacto em nossa vida mesmo depois de terminar a leitura.

Por isso, acredito que uma estante diz muito sobre o seu dono. Afinal, ali estão os livros que ajudaram a moldar sua forma de pensar, se abrir para sentimentos e se tornar a pessoa que é hoje.

Clique aqui para conferir uma série de dicas que vão te ajudar a conquistar de vez o hábito da leitura. E acompanhe o blog para não perder as postagens, aqui sempre tem lugar pra gente enaltecer a literatura e os livros ❤.

Publicado originalmente em: Medium.

Publicado em Artigos, Textos

Rituais Noturnos para dormir melhor

Rituais são comportamentos e atividades realizados sempre da mesma forma – e, às vezes, na mesma ordem – com o objetivo de criar ou manter um hábito.

Criar um ritual noturno ajuda a sinalizar para o corpo que ele deve passar do estado de vigília ou alerta para o estado de sonolência. Repetir uma sequência de atividades todas as noites acalma a mente e ajuda o corpo a entender que está chegando a hora de dormir.

 Pequenos rituais noturnos podem te ajudar a dormir melhor, evitando a insônia, além de te deixar mais bem disposto na manhã seguinte. Assim, mudar seus hábitos noturnos se reflete também em sua produtividade em geral.

O Sono e a saúde

É durante o sono que o nosso cérebro desempenha algumas atividades fundamentais para nossa existência, como organizar pensamentos, consolidar as memórias adquiridas ao longo do dia e exercitar a criatividade.

Além disso, é ao longo das horas de sono que o organismo produz novas proteínas que ajudam no sistema imune e regula a produção hormonal, secretando diversos hormônios que são fundamentais para nosso desenvolvimento e manutenção do organismo.

O sono não é apenas um momento de descanso. Ele desempenha um papel fundamental em nosso processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Por isso, a privação de sono pode ser muito prejudicial à saúde, podendo causar diversas alterações endócrinas, metabólicas, físicas e cognitivas. Pode alterar, por exemplo, nossa capacidade de concentração e de reter novas memórias, aumentar a irritabilidade e diminuir a libido.

Vivemos hoje na era da conectividade, e desligar das cobranças e estímulos externos tem sido um desafio cada vez maior. Em decorrência, quem não se desliga nunca, enfrenta sintomas como: fadiga crônica, falta de energia, exaustão e dificuldade para dormir.

Com o passar do tempo, tais sintomas se transformam em falta de produtividade, além de comprometerem a saúde física e a qualidade de vida, podendo resultar em doenças dermatológicas, gastrointestinais ou dores de cabeça.

Para mudar este cenário, é preciso motivação e comprometimento para criar novos hábitos e estabelecer uma rotina mais saudável. E é sobre isso que falaremos a seguir!

A importância dos Rituais

Incorporar hábitos em sua rotina e repetir uma sequência de atividades todos os dias, ajuda o organismo a entender o momento de começar a relaxar e dormir. Para pessoas que sofrem com insônia, esse momento pode ser especialmente difícil, e é por isso que educar o corpo pode ser uma boa forma de entrar no clima de relaxamento até pegar no sono.

Para criar um hábito você precisa:

  1. Observar e entender sua rotina para encontrar os componentes do hábito: a deixa (o que o motiva o comportamento), a rotina (o comportamento) e a recompensa;
  2. Estabelecer pequenos objetivos: sempre que desejar alcançar uma meta, quebre-a em pequenas tarefas, assim poderá subir um degrau de cada vez e a cada novo objetivo alcançado, estará mais próximo de seu desejo final;
  3. Manter o novo comportamento em sua rotina: no começo é necessário fazer um esforço consciente, lembrar-se de executar o comportamento, lutar contra empecilhos, preguiça e tudo o que pode surgir pelo caminho;
  4. Acompanhar seus progressos: acompanhe e comemore suas pequenas vitórias. Isso vai estimulá-lo a continuar seguindo seu foco.

E lembre-se: quando falamos em hábitos, consistência é a palavra-chave! As mudanças não acontecem do dia para a noite, é preciso se esforçar um pouquinho por dia. Por isso, repita seus rituais até que eles sejam incorporados em sua rotina.

É o efeito a longo prazo que proporcionará as mudanças que você tanto deseja.

Em termos práticos, uma rotina noturna consiste em um conjunto de atividades que você faz com o objetivo de desacelerar e prestar atenção no próprio organismo, oferecendo atenção e cuidados à pessoa que mais importa: você.

12 Dicas para criar sua rotina noturna:

 Antes de começar, pense sobre seu dia e sobre as necessidades de sua rotina. Tente estabelecer o número de horas ideal para que você tenha uma noite de sono revigorante. As necessidades de cada organismo são diferentes, por isso, procure se conhecer melhor e esteja atento aos sinais de seu corpo. A partir daí, tente estabelecer o horário ideal para ir para a cama, com base no horário que seu despertador tocará na manhã seguinte.

Cada pessoa tem um ritmo e uma rotina, por isso é importante adaptar essas atividades para suas necessidades e possibilidades. Para te dar uma ajudinha para começar e criar seus próprios rituais, separei 12 dicas que podem te acompanhar nas horas anteriores ao sono. Confira:

  1. Higiene Pessoal: sem dúvidas, a higiene noturna deve fazer parte do seu ritual. Tome um banho quente, lave o rosto e faça sua higiene bucal. Se você estiver com tempo, invista em um banho relaxante, você pode fazer um escalda-pés, usar sais de banho e até mesmo fazer um Spa-day no seu banheiro. Se você se interessar por cuidados pessoais, crie uma rotina de Skincare e transforme o autocuidado em parte de sua rotina diária.
  2. Vista seu pijama: sinalize para seu organismo que chegou a hora de dormir, coloque um pijama confortável, que não incomode ou aperte seu corpo. Trocar de roupa ajuda a indicar para o cérebro que o dia acabou e que não queremos mais ficar ativos. Use roupas adequadas à estação para ficar mais confortável;
  3. Desligue as telas: evite aparelhos eletrônicos, como celular, televisão e tablets, de 60 a 90 minutos antes de dormir. A exposição à luz azul das telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono. Além disso, as notificações do celular podem nos manter em estado vigilante e ansioso, por isso é importante saber a hora de parar de mexer no aparelho;
  4. Planeje o dia seguinte: você pode se planejar e fazer uma lista com as tarefas do próximo dia, ou adiantar coisas como separar a roupa que vestirá na manhã seguinte, ligar o despertador ou deixar a louça do café da manhã na mesa. Esses pequenos gestos nos ajudam a entender que o dia já terminou, além de evitar preocupações com o que você não pode esquecer no dia seguinte. Depois que preparar tudo, você sabe que pode relaxar;
  5. Alongamentos: a prática de alongamentos pode ser eficaz para relaxar o corpo, aliviando possíveis pontos de tensão, além de ajudar a mente a se focar mais no próprio corpo e menos nas preocupações do dia. Você pode aliar a prática a uma música relaxante; 
  6. Respiração: esta técnica funciona como um calmante e ajuda a induzir o sono. Assim como na meditação, sua atenção se volta para o ato de respirar. Respirar de maneira consciente, mais lenta e profunda ajuda a relaxar os músculos, diminuir a velocidade dos batimentos cardíacos além de levar sua atenção para longe de pensamentos que podem estar acelerando sua mente;
  7. Faça um chá: incluir uma xícara de chá na rotina cerca de uma hora antes de dormir é um hábito que pode melhorar a qualidade do sono e diminuir a ansiedade. Invista em ervas com componentes relaxantes, como camomila, maracujá ou erva-cidreira. Esses chás ajudam a proporcionar um efeito calmante no organismo, colaborando com a chegada do sono;
  8. Reduza o consumo de cafeína: reduzir o consumo de cafeína ou outros estimulantes após o meio-dia pode te ajudar a ter um sono de mais qualidade. Para uma noite de sono tranquila, o corpo precisa estar relaxado e, por esse motivo, a ingestão de cafeína pode acabar atrapalhando;
  9. Prepare seu quarto: arrumar o espaço onde você dorme, como estender um cobertor na cama, pegar o travesseiro, diminuir as luzes e manter a roupa de cama limpa, envia mensagens ao cérebro para que possamos relaxar e desfrutar do conforto e segurança do ambiente. Isso reduz o estresse e o estado de alerta do organismo;
  10. Meditação: existem diversas práticas de autocuidado que são excelentes aliadas na hora de buscar por uma qualidade de sono melhor, a meditação é recomendada porque ajuda a reduzir os níveis de depressão, estresse e ansiedade, acalmando os pensamentos acelerados que atrapalham uma boa noite de sono. Esvaziar e acalmar a mente antes de adormecer é uma prática que prepara o corpo para o relaxamento;
  11. Aromaterapia: outra técnica bem recomendada é o uso de óleos essenciais em difusores de ar, como na aromaterapia. Estimulando o olfato com aromas específicos, podemos proporcionar um efeito relaxante e calmante. A lavanda é muito boa para quem deseja ter uma noite mais tranquila de sono;
  12. Leia um livro: ler pode ser uma ótima estratégia para mostrar ao corpo que é hora de relaxar. Procure um local adequado e posição confortável e se concentre na leitura. Mas lembre-se de escolher uma leitura que não te deixe agitado ou ansioso se não o efeito será contrário.

Se você seguir essas dicas e criar um ritual que funcione para você, aprenderá a entender melhor as mensagens de seu corpo e logo terá maior facilidade em mudar do estado de atenção e vigília para um estado de relaxamento.

            Com uma melhor qualidade de sono, seu dia ficará mais produtivo e você se sentirá mais saudável e relaxado.

Espero que as dicas te ajudem e que você tenha uma ótima noite de sono hoje 🙂

Publicado originalmente em: Medium.

Publicado em Artigos, Textos

Aprenda a dizer “não” e pare de se sentir na obrigação de realizar tarefas que não deseja

Quantas vezes você já se sentiu na obrigação de fazer alguma coisa só para agradar alguém? Seja fazer um favor, atender um pedido ou mesmo para agradar uma pessoa querida. O fato é que muitas vezes dizemos “sim” quando queremos dizer “não”.

Mas por que é que essa palavrinha pode ser tão difícil de ser dita?

É sobre isso que conversaremos no artigo de hoje: por que é tão comum nos submetermos a situações ruins, quando um simples “não” nos pouparia muita energia, tempo  e estresse? Continue a leitura e descubra alguns dos motivos que podem estar te travando.

Sempre reparo em como é comum as pessoas sentirem dificuldade de priorizar os próprios interesses e vontades e acabarem se rendendo a situações ruins que seriam evitadas com uma recusa. E por que tanta contradição? Por que aceitamos docilmente e ignoramos os sinais que nosso corpo e mente nos dão sobre aquilo?

Alguns dos principais motivos são:

  • Aceitação: desde muito novos, somos ensinados a aceitar e, por isso, queremos pertencer, queremos ser aceitos. Quem não deseja ser o amigo estimado, o filho querido, o colega de trabalho bem visto?;
  • Necessidade de querer agradar a todos: essa vontade de ser aceito pode nos conferir uma identidade de “pessoa boa”, sabe aquele amigo que faz tudo? Esse mesmo! O fato é que algumas pessoas, sem perceber, desagradam a si mesmas numa tentativa de agradar as outras;
  • Sentimento de rejeição: com medo de ser mal interpretado ou mesmo rejeitado, podemos acabar aceitando situações na tentativa de preservar nossos relacionamentos;
  • Querer ser prestativo: é muito bom ajudar os outros, e algumas pessoas se sentem realmente bem sendo prestativas. Mas até a solidariedade precisa de limites, caso você esteja sendo prejudicado no caminho;
  • Evitar conflitos: é comum que as pessoas se submetam e aceitem determinadas situações em nome de evitar conflitos com seus entes queridos, com medo de perder ou prejudicar seus relacionamentos;
  • Achar que o problema dos outros é mais importante do que suas próprias necessidades: aqui temos um alerta para questões de autoestima. Às vezes exageramos na dose de querer ser prestativo por reconhecermos os problemas que as outras pessoas passam, mas corremos o risco de esquecer ou não considerar nossas próprias questões.

Ao dizer “sim”, quando na verdade sua vontade é justamente a contrária, muitas pessoas se sujeitam a situações ruins e relacionamentos tóxicos, gerando uma série de prejuízos para si.

 É muito comum que essas pessoas se sintam sobrecarregadas e frustradas. Pois tentam abraçar o mundo ao aceitar tudo e então não dão conta de fazer ou concluir tudo aquilo com o que se comprometeram.

É preciso entender a necessidade de estabelecer limites, que sejam saudáveis para si e para as relações, caso contrário, criamos e estimulamos relacionamentos abusivos que, com o passar do tempo, se tornam insustentáveis.

Para criar esses limites, você deve primeiro voltar-se para dentro e entender até onde você consegue aceitar e ajudar o outro sem se prejudicar. Uma pessoa que simplesmente aceita tudo, pode passar a ter dificuldade em reconhecer o que gosta ou não, o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. Justamente por não ser seletiva, não filtrar suas demandas. É como se dependesse do outro para guiar e decidir sua própria vida. 

A importância do Autoconhecimento:

Uma boa dose de autoconhecimento nos ajuda a entender nossas necessidades e desejos, além dos medos, inseguranças e necessidade de pertencimento, que podem estar dificultando a tomada de decisões.

Saber reconhecer e atender às próprias necessidades é algo que exige prática. Priorizar suas próprias vontades não é algo que acontece do dia para a noite. Praticar o autoconhecimento é essencial para entendermos nossas atitudes e a sincronia entre as reações do organismo e tudo aquilo que acontece em nossa vida. É praticar a autopercepção, entendendo o que se sente, pensa ou gosta.

Então, só para deixar bem claro: cuidar de si não é egoísmo, é ter amor próprio e saber se respeitar.  Tão importante quanto cuidar de amigos e familiares, é saber cuidar de si. E isso não significa que você não se importe ou não se preocupe com as outras pessoas, quer dizer apenas que entende a importância de estar bem consigo mesmo para que possa então contribuir com o bem-estar de outras pessoas.

Exercer o autocuidado ajuda nesse processo e, com o tempo, você terá mais clareza e facilidade para identificar suas necessidades e limites.

Do mesmo modo que você consegue compreender suas necessidades, passa a conseguir identificar as necessidades das outras pessoas, então, por meio da prática do autoconhecimento, também desenvolverá mais empatia. E isto tende a trazer uma melhora significativa para os seus relacionamentos. Muito maior, inclusive, do que se você estivesse apenas aceitando todas as solicitações alheias sem nenhum tipo de filtro.

E quando o “não” deve ser dito?

Sempre que você perceber que será mais saudável a todos. É verdade que aprender a dizer “não” é um processo: no começo será difícil e incômodo, e nem sempre é fácil lidar com a reação da outra pessoa. Romper padrões de comportamento é um desafio. Mas, a longo prazo, você estará criando relacionamentos mais saudáveis e, principalmente, uma relação mais amorosa e respeitosa consigo mesmo, e assim todos saem ganhando.

Precisamos treinar o uso da palavra “não” para não abrirmos mão de nossa liberdade, tempo e interesses. Afinal, somos todos importantes e temos nossas próprias tarefas para realizar.

Em cada situação, reflita antes de responder “sim” ou “não”.

Para finalizar, listei a seguir algumas sugestões que podem te ajudar na construção deste novo hábito:

  • Pratique o autoconhecimento: como já foi dito, aprenda a reconhecer suas necessidades e ponderá-las com as demandas externas, assim será mais fácil estabelecer os seus limites;
  • Estabeleça limites e prioridades: não temos tempo para fazer tudo o que somos solicitados, por isso, é importante estabelecer prioridades e escolher a forma como usamos nosso tempo. E não se esqueça de que você deve ser sempre sua própria prioridade;
  • Seja claro e objetivo em suas decisões: você não precisa de justificar ou dar muitas explicações, mas seja claro sobre os motivos de não conseguir atender a uma solicitação, para que o outro entenda e respeite sua decisão;
  • Não se sinta culpado: lembre-se de que se priorizar não significa que você esteja sendo egoísta. Não se sinta mal quando precisar ou quiser negar um pedido. Faça escolhas assertivas sobre como usar sua energia e tempo;
  • Faça outra proposta: se você não puder ajudar ou fazer o que foi solicitado, pense se há outra maneira de ajudar, oferecendo uma solução ou caminho viável, assim poderá contribuir de outra forma, sem se comprometer;
  • Repasse a tarefa: caso você não consiga ajudar, mas conheça alguém que possa, indique o caminho, forneça um contato, enfim, ajude a pessoa a ter sua solicitação atendida por alguém que esteja disponível, uma vez que você não esteja naquele momento;
  • Peça um tempo: você não precisa aceitar na mesma hora. Se não estiver confortável com a situação, você pode pedir um tempo para pensar e assim elaborar uma lista de prós e contras, ou então pensar em uma alternativa que ajude a pessoa sem comprometer seu tempo e energia;
  • Repita: se a pessoa não entender ou insistir, repita o seu “não”. Não ceda apenas por pressão. Ceder é abrir mão da própria liberdade de escolha.

     Qualquer que seja a sua agenda e seus compromissos, eles devem primeiramente ser respeitados por você, e só depois pelas outras pessoas. Se você não consegue se priorizar, não espere que ninguém faça isso por você.

Coloque as sugestões em prática na próxima vez que for solicitado a realizar algo que você não tem conhecimento, tempo ou vontade de fazer. Logo você verá o resultado dos seus “não”s convertidos em mais tempo e energia em suas próprias atividades.

Publicado originalmente em: Medium.

Publicado em Textos, Textos-livre

Coisa boa do dia

Não sei se também acontece com você, mas eu fico muito introspectiva na virada do ano. Como contei recentemente, todos os anos, ao longo do mês de dezembro, faço uma retrospectiva dos acontecimentos que mais marcaram o meu ano: podem ser coisas positivas ou negativas; grandes ou pequenas. A ideia é ter uma oportunidade de olhar para o ano como um todo, ou como um ciclo, como costumamos chamar.

Isso me ajuda a perceber o quanto mudei e como venho lidando com esses eventos. Sinto que começo o novo ano mais consciente do meu momento: atenta a como estão as diversas áreas da minha vida, com o que estou satisfeita e quais devem ser os pontos de melhoria para o novo ciclo que se inicia.            

Outra coisa que sempre me ajudou muito é tentar ver o lado positivo das coisas. Eu, particularmente, encontrei um pequeno ritual que tem funcionado pelos últimos oito anos (este será o nono 😊). É o que vou te ensinar a fazer hoje, pois é uma boa forma de começar o ano e, assim, você pode se exercitar e levar essa postura com você ao longo dos próximos meses – ou anos, espero.

Você já parou para notar que, quando nos tornamos mais conscientes sobre alguma coisa, começamos a prestar mais atenção e isso se torna mais recorrente? Parece que quando nos concentramos em um tema, ele começa a aparecer cada vez mais em nossas vidas.

A neurociência chama esse fenômeno de S.A.R., ou Sistema Ativador Reticular. Esse sistema fica em nosso cérebro, e é o grande responsável por filtrar as informações que estamos recebendo o tempo todo. Ele funciona como um filtro, levando para a consciência tudo aquilo que for relevante. É assim que conseguimos nos focar nas coisas que são realmente importantes.

Algumas pessoas chamam isso de mentalização ou de energia. Seja qual for o nome que você quiser dar, a ideia é a seguinte: você deve se focar naquilo que acontece de bom no seu dia.

Simples assim. Ao invés de nos focarmos nos problemas, como geralmente fazemos, podemos treinar nosso olhar para perceber as coisas boas que acontecem em nossa rotina. Repare que eu nem estou falando em grandes acontecimentos, me refiro aos detalhes mesmo: qualquer coisa que melhore o seu dia ou te deixe com a sensação de que aquele dia valeu a pena.

Com esse novo foco, você aprenderá a praticar a gratidão, ou seja, será grato às pequenas coisas que tornam a sua rotina mais agradável. É comprovado que pessoas gratas são mais felizes e tendem a ser mais saudáveis, uma vez que o sentimento de gratidão é um ótimo combatente ao estresse e sintomas dele derivados.

Mas, em meio à correria do dia a dia, pode ser difícil se lembrar de fazer isso, não é mesmo? Eu concordo. Por isso, criei um sistema estruturado e que funciona para mim. Eu peguei uma caixa e coloquei um bloco de papel e uma caneta dentro. Todas as noites, antes de dormir, eu anoto em uma pequena folha algo que aconteceu de bom no meu dia.

Anotar me ajuda a pensar. Paro uns minutinhos para fazer esse ritual e, assim, repasso o dia todo em minha mente e localizo as pequenas alegrias e prazeres pelos quais sou grata.

Pode ser qualquer coisa mesmo. Tem dias em que é mais fácil, ou tenho mais de uma coisa boa pela qual agradecer, como encontrar um amigo, almoçar minha comida favorita, sair com meu namorado, conhecer um lugar novo ou viajar. Mas, na maioria das vezes, é algo bastante simples e cotidiano, como: tomar um banho quente após um dia longo, deitar no sofá com a minha cachorrinha, saber que quando eu chegar em casa poderei conversar com alguém sobre o dia difícil que tive no trabalho ou ler no caminho para um compromisso.

Alguns dias são horríveis, eu sei! Mas, mesmo neles, podemos tentar. Para mim, o pior dia até hoje foi em 2014, quando perdi meu cãozinho, o Max. Naquele dia, fiquei encarando a folha em branco, com raiva. Mas então pensei em como foi bom poder me despedir dele, ainda que por alguns minutos, no hospital veterinário. Foi isso que anotei: “Pude me despedir do Max e sei que agora ele está descansando, suas dores terminaram”.

Eu continuei triste depois de anotar, e esse continua sendo um dos piores dias da minha vida até hoje, mas sou muito grata por saber que eu fiz tudo o que podia por ele.

Depois de algum tempo anotando, percebi como foi ficando mais fácil, como ao longo dia penso “isso foi bom!” ou “já sei o que anotarei hoje”. Depois de um pouco de treino, as mudanças são perceptíveis – não só na criação do hábito, mas em seu humor e emoções. Você aprende a reparar no que te faz bem e isso te permite repetir aquilo mais e mais vezes.

Esse hábito funciona também como uma espécie de reserva emocional para que, mesmo em momentos de crise, você consiga se lembrar daquilo que te ajuda a se sentir melhor.

            Resumidamente, meu lema é:

“nem todo dia é bom, mas todo dia tem algo de bom”.

Eu espero que esse exercício te ajude tanto quanto eu sinto que me ajuda, diariamente. E, por favor, me conte se você experimentar, quem sabe nossa conversa não se torna a minha coisa boa daquele dia? 😉

Publicado originalmente em: Medium.

Publicado em Artigos, Textos

5 atitudes que te ajudam a demonstrar empatia

Empatia é a palavra da vez, parece que a ouvimos em todos os lugares. Mas, apesar de estar na moda, será que esse conceito é mesmo tão praticado?

E você, sabe o que é empatia?

De modo geral, podemos descrever empatia como a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e sentir ou entender o que ela está passando. Porém, precisamos entender as nuances implicadas nesse processo: ao ver uma pessoa triste, posso, por exemplo, sentir pena de sua situação e isso não significa, necessariamente, que eu esteja tendo uma atitude empática.

Antes de explicar o que é empatia, gostaria de falar sobre o que ela não é, pois, muitas vezes, confundimos outras atitudes e sentimentos com esse conceito. E, com isso, corremos o risco de afetar nossas relações com as outras pessoas, mesmo que tenhamos as melhores intenções.

  • Empatia não é simpatia: simpatia é uma relação mais superficial, como quando você sorri e diz ao outro que “vai ficar tudo bem”, sem acolher seus sentimentos e entender a complexidade do que essa pessoa está realmente sentindo;
  • Empatia não é aconselhar: temos a mania de querer resolver tudo. Mal ouvimos o outro falar e já tentamos propor soluções, sendo que, às vezes, essa pessoa só quer poder falar e ser ouvida;
  • Empatia não é uma competição por problemas: outro erro comum é, numa tentativa de animar o outro, começarmos também a falar dos nossos próprios problemas. Assim, quando percebemos, estamos discutindo para saber quem sofre mais.

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, sendo o outro. Sem julgar ou tentar encontrar uma solução. É se esforçar para estar aberto a enxergar para além do próprio ponto de vista. Envolve presença e escuta genuínas, que resultam em conexão entre duas pessoas.

Empatia envolve uma atitude de curiosidade e interesse. É preciso que você escute o outro, pergunte sobre seus sentimentos, entenda suas necessidades e desejos. Pois, apenas assim, conseguirá enxergar uma situação com os olhos do outro.

Estar aberto para a empatia requer lidar com uma dose de vulnerabilidade. Isso porque, ao se conectar com o que outra pessoa sente, você precisa primeiro estar atento e confortável em relação aos próprios sentimentos. Assim, conseguirá separar o seu ponto de vista dos demais. Isso significa que o autoconhecimento é peça-chave no processo de construir relações mais empáticas e profundas.

Segundo estudiosos de Inteligência Emocional, existem três tipos de empatia, são elas:

  • Empatia Cognitiva: entender o ponto de vista do outro, ou seja, a capacidade de entender os sentimentos e pensamentos de outra pessoa ao colocar-se no lugar dela;
  • Empatia Emocional: compartilhar os sentimentos do outro, sentindo o que o outro sente. Envolve um nível mais profundo de conexão emocional, onde é possível sentir até fisicamente o que o outro sente;
  • Empatia Compassiva: é simplesmente perceber que o outro precisa de ajuda e, assim, colocar-se à disposição para ajudar, respeitando o tempo e espaço dessa pessoa. Também pode ser chamada de preocupação empática.

A capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa é uma das principais ferramentas da Inteligência Emocional. Ser uma pessoa empática muda a relação que temos com nossas próprias atitudes, comportamentos e sentimentos, e isso muda como nos portamos frente ao mundo em relação às outras pessoas.

Ao exercitar e desenvolver nossa capacidade empática, também ampliamos nossa visão de mundo, pois além de autoconhecimento, aprendemos a questionar nossas certezas e suposições, enxergando o mundo a partir de outras perspectivas.

A seguir, listei uma série de comportamentos que você pode adotar para ir em direção de uma vida mais empática. Confira!

  1. Avalie sua perspectiva em relação ao outro: esse deve ser um exercício constante. Saiba que sua percepção não é uma verdade absoluta, evite fazer julgamentos e pressuposições. Esteja realmente aberto para conhecer perspectivas diferentes da sua;
  2. Adote uma postura de curiosidade: pergunte e esteja disponível para ouvir, conheça os pontos de vista do outro, respeite suas opiniões;
  3. Escute verdadeiramente: saiba ouvir sem julgar e sem querer resolver os problemas do outro. Você precisa entender quais são os sentimentos e as necessidades dessa pessoa antes de querer eliminar desconfortos e propor uma solução baseada em sua experiência ou opiniões;
  4. Nem sempre você precisa falar: em determinadas situações, demonstrar compaixão é saber acolher, ouvir o que chega do outro, sem dizer nada em resposta;
  5. Comunique-se com clareza: para evitar ruídos e mal-entendidos, seja claro e assertivo em suas falas. Mostre-se disponível para ajudar, mas sempre mantenha uma atitude respeitosa perante o outro.

Agora que você já sabe o que é empatia, e já conhece os comportamentos que, apesar de parecerem empáticos, vão contra a mensagem desejada, fique atento para colocar essa atitude em prática no seu dia a dia e senti a melhoria em suas relações e também no seu processo de autoconhecimento.

Se você gostou dessas dicas e pensou em mais alguma, me conta aqui embaixo nos comentários, porque não tem nada melhor do que trocarmos experiências e aprendermos juntos!

Um abraço, e até a próxima 🙂

Publicado originalmente em: Medium.

Publicado em Artigos, Textos

Autocuidado: mais saúde e bem-estar em sua rotina

Chegar em casa, tirar os sapatos apertados e sentir a maciez do tapete em contato com seus pés; fazer um chá quentinho para acompanhar a leitura de um livro; ouvir uma playlist enquanto faz as tarefas domésticas; desligar o celular e ir para a cama mais cedo.

Existem pequenas atividades que fazemos em nossa rotina que nos dão prazer e são formas de descansar, ter lazer ou mesmo cuidar da saúde. É esse conjunto de rituais que recebem o nome de autocuidado, e é sobre isso que vou falar no post de hoje. Confira!

Mas afinal, o que é Autocuidado?

Como o próprio nome já diz, autocuidado refere-se ao ato de cuidar de si mesmo. Por isso, para desenvolver tais hábitos, é preciso estar atento às próprias demandas e necessidades. Seus rituais devem estar sempre em harmonia com seus objetivos, interesses e prazeres.

Muitas coisas podem ser consideradas como ações de autocuidado. Seu maior objetivo é cuidar da própria saúde e promover sensação de bem-estar.

É aprender a se dar um respiro. É impossível sentir-se bem o tempo todo, mas, com um pouquinho de atenção aos próprios sentimentos e às demandas do organismo, é possível encontrar e aperfeiçoar um estilo de vida que lhe gere mais prazer do que desconforto. É adotar atitudes positivas em relação à vida, priorizando a saúde física e mental.

É importante lembrar que não existe fórmula mágica, se é um processo extremamente pessoal, é necessário que cada um descubra aquilo que lhe faz bem, ou seja, encontre suas próprias formas de se cuidar. Afinal, o que é cuidado para mim, pode não ser para você.

Isso quer dizer que vai além de fazer um SPA em casa ou praticar cuidados estéticos. Pode ser algo ainda mais básico, como se alimentar bem e ter um sono regulado, ou mais abrangente, como falar ao telefone com uma pessoa querida ou maratonar uma série em seu dia de folga.

Cuidar de si, por mais irônico que pareça, é uma atividade que requer prática, isso porque mesmo morando dentro de nosso corpo, é comum sermos negligentes quanto a alguns cuidados básicos. Por isso, é preciso adotar uma atitude de abertura e estar disposto a olhar para si e fazer alguns esforços para conseguir mudar sua rotina.

Em resumo, é conseguir acrescentar práticas saudáveis à rotina que beneficiem sua mente e/ou corpo. Isso também é uma forma de aumentar o amor próprio, ou seja, conhecer e respeitar seus limites, prezando por sentir-se bem consigo mesmo e com quem se é.

Uma vida equilibrada traz benefícios para qualquer pessoa. Independente de gênero ou idade, todos devem se preocupar com a saúde. E, os cuidados tendem a melhorar até mesmo nossas relações sociais, a vida financeira e aumentar a produtividade.

Quem não deseja levar uma vida com mais harmonia?

Se quer exercer o autocuidado, esteja pronto para uma transformação de pensamento e comportamento. Mudar ou criar hábitos requer disciplina, foco e determinação. É preciso fazer um esforço consciente para colocar as novas atividades em prática, até que elas sejam incorporadas ao seu dia a dia.

Junto com a prática, cresce o sentimento de valorização pessoal, ou seja, quando você conhece e respeita seu valor, é mais natural que consiga encontrar tempo e invista recursos e energias para cuidar de seu bem mais precioso: você!

O que o Autocuidado não é?

Faço questão de destacar: autocuidado não é egoísmo!

Tão importante quanto cuidar de amigos e familiares, é saber cuidar de si. E isso não significa que você não se importe ou não se preocupe com as outras pessoas. Quer dizer apenas que entende a importância de estar bem consigo mesmo para que possa então contribuir com o bem-estar coletivo.

Seja gentil com você mesmo e torne as suas necessidades uma prioridade constante. E assim terá disposição para ajudar no cuidado das pessoas que ama.

Para isso, será necessário reservar tempo para realizar suas atividades e praticar seus rituais de cuidado, talvez você precise dizer alguns “nãos” pelo caminho e estabelecer limites entre suas necessidades e as demandas externas. Saiba que não há mal nenhum em fazer isso, o segredo está em encontrar um equilíbrio em sua vida.

Qual a importância do Autoconhecimento nesse processo?

Saber reconhecer e atender às próprias necessidades é algo que exige prática. Priorizar suas próprias vontades não é algo que acontece do dia para a noite.

Praticar o autoconhecimento é essencial para entendermos nossas atitudes e a sincronia entre as reações do organismo e tudo aquilo que acontece em nossa vida. É praticar a autopercepção, entendendo o que se sente, pensa ou gosta.

Essa é uma ferramenta muito importante para a saúde como um todo, pois nos permite conhecer nossas condições físicas e emocionais. Assim, conseguimos entender e temos motivação para atender nossas necessidades pessoais, respeitando nossos próprios limites e buscando levar uma vida mais harmônica.

Já que somos seres inteiros, corpo e mente estão conectados. Por isso não adianta dar atenção a um e negligenciar o outro, sintomas costumam ser um aviso de que algo não vai bem. É preciso dedicar atenção e cuidados para se conhecer e entender o que gera um desconforto ou irritação. Conhecer nossos incômodos é o primeiro passo em direção a uma solução, mudança ou tratamento.

Autoconhecimento é um fator de Inteligência Emocional e pode ser desenvolvido com esforço e dedicação. A autoestima também é muito bem-vinda nesse caminho de descobertas, pois permitirá que acreditemos e valorizemos nossas próprias vontades e decisões.

Somente assim, com muita atenção e praticando no dia a dia é que você descobrirá quais práticas e rituais de autocuidado melhor funcionam para você. Não copie, experimente. Se questione sobre a experiência e tente, sempre que necessário, encontrar formas de gerar bem-estar a si mesmo.

Autocuidado e Saúde Física:

Cuidar do corpo contribui com a saúde e com a longevidade. Com um corpo saudável, nos sentimos mais dispostos a enfrentar os desafios que a vida nos impõe. Somos mais enérgicos, produtivos e eficientes.

A prática de atividades físicas, fazer caminhadas e ter uma alimentação equilibrada são bons exemplos de cuidados pessoais que podem e devem ser contínuos. Você também pode testar dança ou a prática de algum esporte.

Outra prática fundamental para qualquer pessoa, é adotar uma rotina equilibrada de sono, que garante o descanso do corpo e da mente para a reposição de energia. Dormir bem tem relação direta com uma vida mais equilibrada.

Além de movimentar e relaxar seu corpo, também pode experimentar pequenas práticas como criar um ritual de skincare (cuidados com a pele), o uso de um perfume que lhe seja agradável, um banho prolongado, ou uma roupa confortável. Explore todos os sentidos sensoriais e descubra seus gostos.

A atividade física e os estímulos sensoriais contribuem muito para a redução do estresse e da ansiedade, contribuem também com uma vida com menos patologias.

Autocuidado e Saúde Emocional:

Os cuidados com a saúde não se limitam ao organismo e, por isso, dedicar atenção ao seu estado emocional é tão importante quanto cuidar do corpo.

Sem autoconhecimento não conseguimos controlar nossas emoções. É muito importante entender e se conectar com suas emoções. Apesar de não pode evitar senti-las, pode desenvolver formas de lidar com cada uma delas. Pode também rever seus hábitos e modificar comportamentos, buscando trabalhar seus pontos fracos e usando seus pontos mais fortes como elementos que te darão força nessa jornada de autodescoberta.

Práticas como meditação e psicoterapia são grandes aliadas da saúde emocional. Porém, também são consideradas cuidadosas, atividades como: ler um livro, praticar um hobbie e reservar momentos para o lazer.

Se afastar de pessoas tóxicas e estreitar relações positivas e benéficas são formas de se cuidar e se valorizar a nível emocional. Aprender a determinar limites entre o que é aceitável para você ou não o auxiliará a escolher suas companhias e a melhor forma de usar seu tempo e energia.

Cuidar de si a nível emocional garante mais tranquilidade, contribuindo com uma vida mais equilibrada, melhores relações interpessoais e menos sentimentos negativos.

Como começar?

Se você chegou aqui, deve estar se perguntando: “Certo, e por onde eu começo?”. Não se apresse, não há segredo. A escolha das atividades fica por sua conta, mas separei algumas dicas sobre como introduzir hábitos em sua rotina. Veja só! 

  1. Comece com pequenos passos: Como todo hábito, precisa ser criado e repetido. Constância é mais importante do que volume. Comece uma mudança por vez, vá abrindo espaço em sua rotina para pequenos cuidados, dedique tempo e atenção a si mesmo. É assim que você aprenderá a se respeitar e valorizar.
  2. Marque um encontro com você mesmo: A rotina de autocuidados demanda tempo, por isso, reserve espaço na agenda para apreciar sua própria companhia. Cuide-se, faça exercícios, pratique o autoconhecimento e descubra o prazer em ter um hobbie pessoal.
  3. Experimente: Não tem receita, somos pessoas diferentes, da mesma forma que nossas necessidades e desejos. Espero que esse post sirva de inspiração, mas estas são apenas algumas sugestões de como você pode começar a se cuidar. Experimente atividades, crie rituais e se permita se descobrir, é uma aventura!
  4. Aprecie: O ideal é que os hábitos não sejam vistos como obrigações em sua rotina, e sim compromissos com você mesmo. Autocuidado requer conexão! Aprecie seus momentos para realmente se explorar e aprender mais sobre você, cuide do seu corpo, que é a sua casa; e da sua mente, que é seu guia.

Espero que o post sirva mais de inspiração do que guia. Autocuidado é uma jornada de aprendizado pessoal com o objetivo de trazer mais bem-estar para a vida de cada pessoa. Cuidar de si é o primeiro passo para uma vida mais plena e para estar apto a ir além, ajudando outras pessoas a terem o mesmo olhar e carinho por si.

Publicado originalmente em: Medium.