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Literatura e diversidade cultural

Sem dúvidas, a literatura tem o poder de transformar nossas vidas. Muito além de contar histórias, é uma forma de expressão e tem papel fundamental na construção da nossa identidade cultural.

Por meio de narrativas, os escritores são capazes de transmitir valores, crenças, tradições e experiências que refletem a identidade de uma comunidade. 

Todo livro é influenciado pelo contexto no qual foi escrito, assim como também pode influenciar toda uma sociedade.

Literatura e identidade cultural

Através da literatura, nós leitores podemos conhecer realidades diferentes da nossa. Essa pluralidade de perspectivas e experiências nos apresenta a diferenças culturais que raramente teríamos acesso de outra forma – a não ser pelos filmes, é claro. 

Isso mostra como a escrita tem o papel de preservar a história e transmitir o patrimônio cultural de um povo. No livro O mundo da escrita, o autor Martin Puchner, nos leva numa viagem histórica sobre como a escrita evoluiu e ampliou o alcance e a influência da literatura. 

Para os escritores, isso se torna uma grande responsabilidade: a criação literária é um espaço de voz e pertencimento, que explora as nuances de uma cultura, indo desde suas belezas até seus valores e conflitos mais enraizados. 

Ao incorporar elementos locais, por meio da linguagem, das paisagens e dos personagens, o autor registra uma identidade cultural, permitindo que as próximas gerações conheçam um recorte de seu tempo. 

Literatura e empatia

A literatura nos permite conhecer e apreciar as nuances e complexidades de uma determinada sociedade, como seus valores e tradições. Isso nos ajuda tanto a nos conectar com a nossa própria cultura, quanto a entender a diversidade cultural que existe no mundo. 

Assim, a literatura nos permite refletir e questionar, incentivando a ir além de nossas próprias referências e perspectivas culturais.

Estudos comprovam que ler ficção pode aumentar nossa capacidade de sentir empatia por outras pessoas. Já que, por meio da leitura, ampliamos nossas experiências sociais e podemos ter uma nova compreensão sobre as relações à nossa volta.

Ao mergulhar numa história, experimentamos realidades diferentes da nossa e nos identificamos com os sentimentos e conflitos vividos pelos personagens. Entendendo suas motivações e emoções, podemos transferir esse conhecimento e sensibilidade para nossas vidas. 

Cada vez que lemos algo que está fora da nossa vivência, temos a oportunidade de aprender algo novo e expandir horizontes a partir de visões de mundo diferentes da nossa.

Literatura e diversidade

É por isso que a representatividade na literatura é tão importante! A diversidade tem o poder de aumentar as possibilidades em cena. 

A verdade é que vivemos com padrões estabelecidos, mas muitas pessoas não conseguem se reconhecer nessas figuras. Identificar-se com outras pessoas contribui com a construção da identidade e da autoestima. 

É fundamental que, ao longo da vida, uma pessoa possa perceber que seus pares têm oportunidades e possibilidades diversas. Nesse sentido, a representatividade contribui também com informação ao público, diminuindo pensamentos e atitudes preconceituosas. 

Autores que escrevem sobre suas próprias experiências culturais e pontos de vista trazem autenticidade e profundidade para a literatura, permitindo que alguns leitores se sintam representados, ao mesmo tempo que os demais têm a oportunidade de conhecer uma realidade diferente da sua. 

Eu escrevi um artigo sobre esse tema na Edição Toda forma de Amor da Revista Literária Maçã do Amor e você pode ler na íntegra clicando aqui

Conectando leitores e escritores

Cada história se torna uma janela para o mundo. Além de ser um retrato cultural, a literatura é também uma ponte entre gerações e culturas. 

Para mim, um dos maiores prazeres da leitura é perceber que, apesar das diferenças, há uma essência humana que nos conecta. É por isso que tantos temas se repetem na literatura. 

A mesma literatura que explora questões culturais e nos convida a um mergulho em novos mundos é a que nos faz refletir sobre nossa própria identidade. Para quem escreve, explorar a própria cultura é um convite a se reconectar com suas origens e buscar inspiração. 

Com um livro em mãos, podemos viajar sem sair do lugar e explorar diferentes perspectivas, expandindo nossos horizontes e contribuindo – e muito – para nosso autoconhecimento e amadurecimento.

No último artigo aqui no blog, falei sobre a técnica da leitura atenta, desenvolvida por Francine Prose. Essa técnica propõe aos escritores lerem de forma concentrada, prestando atenção na importância de cada palavra da narrativa para que possam aprimorar suas habilidades de escrita a partir de obras e autores que admiram. 

Acredito que o mesmo exercício pode ser realizado para quem deseja expandir seu repertório cultural. Ler atentamente nos permite conhecer as nuances de cada época e cultura.

É só pegar um livro da Jane Austen para entender o que estou falando: em algumas centenas de páginas você está imerso na sociedade e nas mil e uma regras que ditavam os casamentos, rs.

Por hoje é só! Se você ainda não me conhece, eu sou a Tati. Aqui no blog, compartilho dicas de escrita e leitura. Obrigada por me acompanhar nessa leitura e até a próxima! 😉

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